DA MORTE PARA A VIDA

Celebramos o quinto Domingo da Quaresma. Na liturgia deste Domingo vemos a grande obra que DEUS quer fazer em cada um de nós: levar-nos a viver como filhos muito amados de Deus, não só de nome mas de facto!
Que é ser Filho de Deus? Como vive o Filho de Deus? Percebemos facilmente que só é filho de Deus quem nasce de Deus, quem recebe a vida de Deus, quem passa da morte para a Vida e faz o que só os Vivos podem fazer.
Para se ser filho de Deus é preciso ser parecido com Deus, fazendo o que Deus faz. É preciso ter o mesmo Espírito, a mesma natureza de Deus. Assim como um cão nunca pode fazer o que um homem faz, porque tem a natureza do cão e só faz o que fazem os cães, assim também o homem sem a natureza de Deus, sem o Espírito de Deus sem a Vida de Deus, nunca poderá realizar as obras do Filho de Deus. Todos somos criaturas de Deus, mas nem todos são filhos de Deus!
Este Lázaro de que fala o Evangelho, assim atado e mal cheiroso, fechado por uma pedra no sepulcro, é cada um de nós. Como Lázaro, também nós estamos atados de pés e mãos pelos nossos pecados, e acabamos por incomodar muita gente à nossa volta com o “mau cheiro” do nosso egoísmo presente nas lamúrias e nas cobranças que fazemos com tanta facilidade de tudo e de todos. No fundo a nossa impaciência e indisposição só manifesta que temos um coração de pedra, incrédulo, que não deixa entrar em nós a luz de Deus nem nos deixa sair para fora da morte.
(…)
CORAGEM, DEUS quer fazer em ti uma grande obra! Não temas, não tens que temer! Porque quem tem a DEUS, quem tem o Seu ESPÍRITO SANTO, quem tem no seu coração a certeza do Seu Amor, poderá viver em PAZ e SERENIDADE mesmo no meio das dificuldades e tribulações e dizer como São Paulo: «Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.» (Rom 8, 35-39).

P. Sérgio Bruno 

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